O articulador nacional e internacional das Santas Missões Populares (SMP), Pe. Luis Mosconi, que esteve na Diocese no final do mês de fevereiro assessorando encontros com o clero, religiosos, seminaristas e leigos, enviou, há poucos dias, um e-mail à coordenação diocesana das SMP motivando toda a Diocese a assumir com coragem e determinação as SMP, como caminho de renovação da Igreja e ação eficaz na evangelização.
Confira abaixo alguns excertos do e-mail:
Prezada coordenação diocesana das SMP da diocese da CAMPANHA (MG),
PAZ e BEM.
Vocês estão iniciando um trabalho missionário que marcará profundamente a vida da diocese; vocês estão entrando de cheio no espírito de Aparecida. Desde já peço que assimilem, vivam e testemunhem o espírito e a metodologia das SMP. Vocês irão ver que maravilha. Coragem! Acompanhem bem todo o processo. Uma eficaz coordenação diocesana das SMP é de fundamental importância. Cabe a vocês acompanhar bem todo o processo de preparação ao primeiro grande retiro diocesano de missionários.
Pode ser que haja algum presbítero ainda com dúvidas, espero que entendam bem e entrem para valer na proposta. A proposta traz bastantes novidades, mas confiem. Com o envolvimento do presbitério diocesano, tenho certeza que as SMP vão ser um tempo de graça para a diocese. Podem confiar. Aí tem tudo para dar certo. Porém repito: é preciso captar bem o sentido, a espiritualidade e a metodologia das SMP, pois o perigo da superficialidade e do ativismo é grande. Vocês da coordenação vão ter muito trabalho, mas um trabalho gostoso. Parabéns pelos desafios que estão assumindo e coragem!
Não deixem de entrar em contato com todas as paróquias para contagiá-las do espírito missionário, conforme Aparecida. É importante que em cada paróquia se forme uma coordenação paroquial das SMP, para estudar juntos o livro das SMP, sobretudo as primeiras 50 páginas e toda a segunda parte (mística e espiritualidade missionária). Cada coordenação paroquial deverá escolher (a dedo!) cerca de 30-40 pessoas a serem enviadas ao retiro diocesano de 18 e 19 de setembro. Que sejam bem escolhidas, para ajudar com segurança nos retiros paroquiais. Mostrem a beleza e a responsabilidade do serviço.
Este mesmo retiro deverá acontecer, com fidelidade e criatividade, em cada paróquia para formar novos missionários, no mesmo estilo. Os retiros paroquiais deverão começar logo após o retiro diocesano, com a ajuda da equipe dos formadores/as e dos missionários locais, de cada paróquia, que participaram do diocesano. É importante motivar os que irão participar do retiro diocesano a assumir esta responsabilidade, com dedicação, em suas respectivas paróquias. Como já vimos no encontro de fevereiro, é bom que a diocese esteja organizada em áreas missionárias. Cada área compreende cerca de cinco paróquias. Cada área vai organizar sua caminhada, em clima de ajuda recíproca.
O retiro diocesano servirá de referência aos retiros paroquiais. A equipe dos formadores/as se prepare bem. É muito bom que o maior número possível de párocos participe no retiro diocesano, para ver como é. Em algumas dioceses houve a participação total dos padres, isso repercutiu positivamente nos trabalhos missionários paroquiais.
Escolham logo a equipe dos formadores/as (entre padres, leigos e irmãs religiosas). É um serviço importante e decisivo, a ser feito com competência e dedicação missionária. Eles deverão estar no retiro diocesano para ver como é a dinâmica do retiro. Esta equipe deverá cuidar do acompanhamento dos retiros paroquiais (três formadores para cada retiro paroquial. Fazer o possível para que os mesmos acompanhem os três retiros da mesma paróquia).
Tanto a coordenação diocesana como as paroquiais motivem o maior numero de pessoas a ler e meditar o livro das SMP. Quanto mais pessoas fizerem isso, melhor. Insistam para que as SMP sejam, de verdade, o eixo de toda a pastoral diocesana e paroquial nos próximos quatro anos.
Desde já transmitir a proposta das SMP de maneira cativante, entusiasta, com gosto e responsabilidade. Que todas as lideranças (padres, religiosas, leigos engajados) abracem a proposta em clima de comunhão eclesial. Como já falei, as SMP vão ter que ser o eixo de toda pastoral diocesana durante sua realização, para poder marcar em profundidade a vida da diocese.
Colocar todas as forças vivas da diocese em estado de missão. Durante o tempo das SMP convidar todas as forças vivas (participantes das comunidades, pastorais, grupos, movimentos eclesiais) a serem missionários/ as ou a sintonizar com a proposta das SMP. Convidar também outras pessoas interessadas, que viviam um pouco afastadas.
Daqui até o primeiro retiro diocesano de missionários, em setembro, é preciso organizar cada paróquia em comunidades. Na área urbana, cada comunidade abrange uma área de 1000 a 1500 habitantes. Na zona rural, é formada por dois ou três setores bem vizinhos. Se a distância impede a comunicação e as visitas recíprocas, então cada comunidade faz sua caminhada própria. Mas muitos agora têm carro e isso facilita bastante. O entrosamento entre comunidades vizinhas ajuda muito. A finalidade das comunidades é descentralizar para personalizar o serviço missionário e para despertar muitos para a missão. Na área rural é também para criar ajuda missionária entre comunidades vizinhas. As SMP acontecem em cada comunidade. Responsáveis pelo bom andamento das SMP em cada comunidade são os missionários que moram nela.
Insisto (mas vocês já estão fazendo): façam o possível (e o impossível) para convencer grupos, movimentos, pastorais a entrar nesta proposta das SMP, priorizando e assumindo as várias iniciativas das SMP, que são tantas. Evitar trabalhos paralelos. É questão de comunhão eclesial. Cada pessoa, antes de ser deste ou daquele grupo, é convidada a ser missionária das SMP. Se conseguirem, que maravilha!
Cada comunidade, para atuar bem, precisa de uns 30/40 missionários, além das crianças e adolescentes missionários (outros tantos).
Fazer a proposta e a seleção dos missionários em cada comunidade, de maneira bem personalizada, com contatos pessoais. Caprichar na seleção; que haja responsabilidade e paixão missionária, sem exigir normas demais e sem banalizar. Ser como Jesus que deu chance a pessoas de experiências diferentes, mas convidando todos à conversão. Que se saiba transmitir o gosto pela missão.
Convidar os missionários que irão participar do retiro diocesano a estudar antes do encontro as primeiras 50 páginas do livro das SMP, e a segunda parte que trata da Mística e Espiritualidade Missionária. Pode ser leitura pessoal e / ou em pequenos grupos de missionários vizinhos.
É preciso assimilar o espírito da proposta, para evitar missionários tarefeiros.
Cada paróquia prepare duas bonitas e grandes bandeiras com cabo (ver pagina 51 do livro das SMP) para levá-las ao retiro diocesano missionário: a bandeira das SMP e a do Divino Espírito Santo. Para os retiros paroquiais cada comunidade deverá ter suas duas bandeiras.
Imagino que no Retiro vai dar um bom grupo de participantes. Caprichem na organização, sem, porém, esquecer o clima de retiro. É um desafio, mas possível e bonito; isso vai exigir maior responsabilidade aos participantes, com atenção e dedicação. Motivem na hora da escolha dos missionários para a beleza, a importância do retiro diocesano, e como participar.
Com tanta gente assim, a organização e a pontualidade são muito importantes. A coordenação deverá saber unir acolhida calorosa e firmeza na organização.
Todo mundo deverá trazer Bíblia, caderno, caneta. Para quem pode, conseguir o livro das SMP. Para facilitar o estudo do Evangelho de Lucas, preparamos um comentário, que vários de vocês conhecem. Que tal sugerir de adquirir os dois livros aos que irão ao retiro diocesano, na hora da inscrição? Para ajudar na compra, as comunidades podem promover bingo (ou algo outro). Fazer a inscrição quanto antes, pois o dever é estudar as partes do livro sugeridas.
Fazer o possível para os pais não trazerem crianças, pois vai ser cansativo para elas. Será bom pensar desde já a uma coordenação diocesana e paroquial para a formação e o acompanhamento das crianças e adolescentes missionárias (8-14 anos). Os encontros deles serão feitos em nível paroquial (uma jornada de um dia é suficiente), não precisa o diocesano. Cada comunidade deverá liberar uns 3 a 5 jovens ou adultos para acompanhar as crianças e adolescentes (ver as partes do livro sobre isso).
Motivar as paróquias a aprender desde já a maioria dos cantos missionários dos dois CDs. O povo gosta muito deles.
Quanto aos gastos do retiro incentivem a partilha e a solidariedade. Isso faz bem.
Quanta coisa, meu Jesus! Mas vai ser bom. Creio firmemente que as SMP vão ser um instrumento eficaz para fazer da diocese uma Igreja sempre mais missionária, com um presbitério missionário (que vai apostar decididamente no protagonismo missionário dos leigos). As SMP vão ajudar a fazer cada vez mais da diocese uma rede bonita e unida de centenas de pequenas comunidades eclesiais, que sejam também ministeriais, solidárias, acolhedoras, missionárias.
Para isso acontecer, é indispensável que as SMP sejam de verdade o fio condutor, o eixo de toda pastoral diocesana e paroquial nos próximos três anos e meio. Elas vão ajudar a diocese a viver as conclusões da 5ª Conferência dos bispos da América Latina (em Aparecida). Insisto: vocês da coordenação façam o possível para não reduzir as SMP a um trabalho pastoral paralelo; seria muito negativo.
Agora chega! Pensem, reflitam, partilhem. Se tiverem sugestões melhores, ótimo. Mandem notícias. Sempre às ordens. Cordiais saudações,
Pe. Luis Mosconi